segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Uma obra transmídia



Para falar de uma obra transmídia escolhi a série norte americana Lost. Este produto multimídia, utiliza uma narrativa inovadora onde é nitida uma estética e semiótica bem empregada. O sucesso desta produção não se deve só ao produto televisivo mas também pela sua expansibilidade em outras mídias, catalogando-se como uma narrativa transmídia. O conteúdo é difundido pela web, games, mobiles e livros.
 

Em toda a narrativa são utilizados flashbacks (ocorrências passadas que descontinuam uma sequencia cronológica), Flash Forward (acontecimentos futuros que descontinuam uma sequencia cronológica) e flashsideway (instantes de uma realidade alternativa que são postos na cena para sugerir uma realidade paralela). Os multiplos percursos que os personagens vivem são inesperados, provocando, ao telespectador, curiosidade e tentativa de descobrir os enigmas que vão surgindo.
Assim, os telespectadores migraram para a internet a procura de solução dos enigmas. A BBC ao perceber que grande parte dos fãs acompanhava a série pelo ciberespaço, disponibilizou no seu site oficial, os episódios. A popularidade da série subiu, os episódios eram descarregados e comentados online. Toda esta interação dos fãs despertou a atenção dos roteiristas, que começaram a ter em conta as várias teorias criadas, fazendo do telespectador co-autor da obra.
Esta produção é de dificil interpretação, e é precisamente por reunir diferentes temáticas que o produto se torna hipermidiático e transmidiático. Um modelo de comunicação multimídia, marketing e técnicas da mídia virtual para atrair o público.
A transmídia é a extensão do conteúdo da série; jogos, livros, bonecos e episódios criados exclusivamente para mobile. A extensão do produto Lost, delicia os fãs, que concebem novas formas de vinculo com a obra por outras mediações.

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