domingo, 24 de novembro de 2013

“A Obra de Arte na Era da sua Reprodutibilidade Técnica” - Walter Benjamin


“A Obra de Arte na Era da sua Reprodutibilidade Técnica” Walter Benjamin
Neste ensaio “A Obra de Arte na Era da sua Reprodutibilidade Técnica” Benjamin estuda a decadência da autenticidade da obra de arte pela utilização de novos meios de produção e reprodução sugerindo, o fim da arte moderna como arte estética pela arte politica.
Segundo Benjamin, a obra de arte sempre foi reprodutível, ainda que a sua reprodutibilidade acontecesse, numa fase inicial, por meio da imitação manual. Com o crescimento da criatividade, novas técnicas são utilizadas, aparecendo novos métodos de produção e reprodução artística, justificando ser obsoleta a ideia de cópia. Surge um novo mundo com a reprodução artística que regista uma modificação qualitativa da obra de arte: a autenticidade e autoridade desfazem-se com a inclusão das técnicas que possibilitam a reprodução da obra. O conceito de aura, da unicidade da obra, torna-se uma ficção, visto que a autenticidade não é reprodutível.
A perda de aura não é, porém, olhada por Benjamin como algo negativo, concebendo novas hipóteses de relacionamento com o mundo das imagens. Assim, as obras de arte passam a estar diretamente ligadas as imagens ou espetáculo, substituído o valor de culto pelo valor de exposição. Desta forma, a reprodução técnica possibilitou as pessoas maior acesso às imagens e produções, onde a arte passa a ser olhada, na cultura de massas, como moldada por parte da sociedade. Libertada do seu valor de culto, a arte abeira-se dos seus espectadores, alcançando valor de exposição.
Assim, a arte não se pode desligar dos contextos técnicos do seu presente e, se estes estão em transformação, é importante que analisemos em como isso altera a nossa conceção de arte e a própria arte em si. Não querendo dizer, que a arte está moribunda. Tudo esta em função do conjuntura em que ela se encaixa, e no qual nós mesmos nos inserimos.

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